Notícias

qode interactive strata

15 de Dezembro Seguradora indenizará por inclusão indevida em cadastro de inadimplentes

Uma seguradora deverá indenizar por danos morais um cliente que teve o nome inserido indevidamente no cadastro de inadimplentes. A decisão é do juiz de Direito Marcelo Teixeira Augusto, titular da vara Cível de Rio Branco do Sul/PR.
 
De acordo com os autos, ao efetuar uma compra no cartão de crédito, o cliente não conseguiu realizar o pagamento e descobriu que seu nome havia sido inserido no cadastro de inadimplentes pela seguradora. Em razão disso, entrou na Justiça pleiteando indenização por danos morais e requerendo a exclusão de seu nome do rol de maus pagadores.
 
Em sua defesa, a seguradora alegou que não tinha culpa na inserção do nome do autor no cadastro de inadimplentes. A empresa também anexou aos autos um contrato firmado com o autor cujo valor financiado era de R$ 3.400. Entretanto, os débitos indicados pela seguradora ao inserir o nome do cliente no cadastro de maus pagadores apresentavam valores iguais a R$ 1.200 e R$ 14.000.
 
Ao julgar a ação, o juiz Marcelo Teixeira Augusto ponderou que os débitos indicados pela ré não possuíam relação com o contrato entre o beneficiário e a seguradora. O magistrado também afirmou que "ré não logrou comprovar a regularidade do serviço por ela ofertado", não deixando claro que a negativação do nome do cliente foi legítima.
 
Em razão disso, o juiz considerou que a inserção do nome do autor no cadastro de inadimplentes foi indevida e expediu tutela provisória na qual condenou a empresa ao pagamento de R$ 10 mil de indenização por danos morais.
 
"Como se sabe, não existe método que possa exprimir, in pecunia, a extensão do dano extrapatrimonial. Por isso mesmo, a tarefa de compatibilizar o valor da indenização, no caso de dano moral, é mais apropriadamente concretizada por via de arbitramento, função exclusiva do julgador, que emana do seu senso de justiça e assenta-se, essencialmente, na sua noção de prudentia."
 
O cliente foi defendido na causa pelos advogados Marcelo Rubel e Julio Engel, do escritório Engel Rubel Advogados.
 
Fonte: Migalhas.com.br